Uma das mensagens que podemos perceber na passagem terrena de um homem incomparável, é a que ao se formar um conflito, uma guerra, podemos escolher o melhor lado; o de fora. Não há registro literal disso e aos que mal compreendem o que a própria certidão de nascimento diz sobre sua origem e formação, entender algo não dito, certamente é impossível. Considerando a infinidade de tolices e dogmas propositalmente criados para confundir o que este homem apresentou a quem com ele conviveu, não há o que falar a quem por limitações intelectuais e completo adestramento, use de outras tolices para tentar impor a interpretação de uma terceira pessoa, como única verdade possível e aceita.
Essa mensagem, também é parte da base ao que será exposto neste breve texto. A opção por prestar mais atenção no ou do que em um suposto antagonismo de opções apresentadas como únicas. Algo como estar diante de alguém impondo a escolha entre suco de laranja ou suco de limão. Neste caso, esquecendo das frutas, entre as opções há uma chave para sair do conflito e optar por ficar de fora da briga entre quem prefere limão a laranja. Ou, abre inúmeras possibilidades. Quem gosta de suco adocicado, percebendo ou entre as opções, pode lembrar de melancia, maçã, uva e quem gosta de suco mais azedinho, pode lembrar de maracujá, acerola, basta optar pelo ou.
Aquele mesmo homem, com mensagens não literais, aquelas não terceirizadas, deixa claro que não há erro e acerto na escolha de uma das opções separadas pelo ou, sendo livre a opção de manifestar e talvez somente mentalizar, qual delas parece agradar mais. Errado, segundo o que é perceptível em sua trajetória humana, é alimentar e participar de conflito, de guerras. Isso fica muito distante de neutralidade, mais ainda de inocência e do que atualmente virou um clichê mal utilizado, a isenção. Há uma escolha, quando olhamos para o ou e ele nos permite não olhar ao que certamente tem intenção indutiva. Em uma guerra entre grupos de diferentes etnias, qual está com a razão, a primeira ou a segunda? O ou nos aponta que está com a razão, quem desejar o encerramento do conflito antes que ele comece, e, já estando começado, quem optar por não participar dele, sequer externando quem lhe parece estar mais próximo da razão. É uma forma de manter diferentes em paz? Talvez, mas, não é necessariamente, por ser conhecido desde sempre, que ao iniciar e aceitar um conflito, quem estiver participando dele, já está perdendo alguma coisa.
O resultado de escolhas certas e erradas, está na história que passou, no agora e estará no futuro. Sair da indução implícita em opções separadas por ou, é uma escolha de resultado incerto e ao mesmo tempo vantajoso, permite cautela, sabedoria. Aceitar uma das opções obrigatórias, é aderir de imediato ao que está proposto, sem que se tenha percebido que há um interesse e uma sequência prevista. Focar no ou e sair do start em algoritmo, não te deixará em estado morno, não serás o vômito de Deus, como é sugerido em uma interpretação dogmática. Perceba o funcionamento do cérebro humano, com infinitas variações entre o 0 e o 1. Usando o ou, será grande a aderência a quem o criou, tanto para quem nele acredita, quanto aos que não querem sequer falar sobre isso. Desperdiçar este diferencial, é tolice. Nos interessa a felicidade e fica mais difícil realizá-la estando aprisionados pelo que vem antes e depois do ou, em uma frase em forma de pedido de escolha.
Liberdade é indispensável a quem deseja estar em paz e feliz. Tolice aprisionar-se a opções que no final da análise, sequer são tuas. Há escolhas acertadas, sinalizadas implicitamente na palavra ou.