Uma tolice pode se tornar maior do que se possa tolerar e descontrolada, pode também continuar aumentado com forte tendência a infinita progressão. Assim está atualmente um conflito que já virou uma causa e quem toca no assunto, não sabe mais como citar ou fazer referência. Tolice por ter muita energia e tempo nobre desperdiçado. Fácil perceber conceitos criados na tentativa de combater preconceitos, somando a comparativos indevidos e muito mais bobagens que simplesmente não aproveitaremos para nada, mas, não raramente tem levado a finais trágicos.
Quando comecei a escrever, esbarrei na busca por uma palavra que deixe o tema mais suave, sem ofender, longe de provocar má interpretação. Até o momento não encontrei. Quero fazer uma proposta que permita ser utilizada como antitolice quando houver conflito no que a nossa atual sociedade passou a chamar de “questão de gênero”. Assunto que acredito possa se tornar apaziguado e deixar de ocupar o espaço de outros muito mais relevantes.
Proponho que em situações específicas, o ser humano seja identificado de uma forma bem simples, através de uma pergunta que tem somente sim ou não como resposta: a pessoa em questão nasceu com Próstata? Em todas as outras situações, pouco importa como esteja se comportando, vestindo ou relacionando, não importa o nome que deseja utilizar, o tom de voz, simplesmente não importa e quem estiver incomodado deve repensar seus conceitos e também de forma simples, mudar o foco.
Em uma intervenção médica de emergência por exemplo, é inegável que há procedimentos diferentes para quem nasceu com próstata. Por mais que a pessoa esteja com todas as outras partes do visíveis do corpo alteradas, a informação “nascido com próstata” é decisiva para uma ação correta. Sabemos que no tamanho dos ossos, cubagem do cérebro e outros parâmetros corporais, há diferenças entre quem nasceu com ou sem próstata. Isso simplifica e resolve.
Para que não haja injustiças nas questões em que a diferença entre seres humanos nascidos com ou sem próstata seja relevante, como em disputas esportivas valendo premiações, este critério proposto é incontestável. Não importa se a próstata foi removida, se houve uma carga de hormônios, se as aparências não refletem os padrões de origem ou se o perfume, as vestes e todo o resto modifiquem o tal gênero. Perder tempo e recursos debatendo sobre isso é pura tolice.
Obviamente, o mesmo critério deve ser utilizado quando o assunto seja direitos ou deveres de um ser humano perante a sociedade. Aqui está a questão principal, seres humanos são livres e com poder de imaginação e criatividade ainda incontroláveis ou infinitos. Por força de necessidades específicas (poucas por sinal), devemos sim identificar sem constrangimento, qual foi a composição física que veio ao mundo: com ou sem próstata. E que seja com um perfil muito diferente do que fazemos hoje, onde a tolice predomina e tolos preferem focar na intimidade da pessoa. Não está sendo proposto um julgamento da intimidade, que deve ser respeitada e entendida, inclusive por aqueles que equivocadamente acreditam que podem fazer tudo que desejam, em qualquer lugar a qualquer tempo. É outro tema, claro, mas, agir desta forma não é exercer a liberdade, há regras sim, obrigatórias e quem não quer obedecê-las, pague o preço da tolice.
Aproveito para deixar uma questão aos cientistas. Vejo realizações maravilhosas da ciência e suas aplicações com tecnologia avançada a ponto de gerar imagens de astros pertencentes a galáxias distantes e superação de desafios a todo instante. Tudo é tão impressionante e inteligente, vemos até astros envoltos por nebulosas e tal, mas, por que ainda fazemos exame de próstata com toque?
