Antes de escrever este texto, fiz uma tentativa de pesquisa para responder a uma pergunta simples: o que é informação? Percebi que a busca da resposta seria um desafio muito maior do que posso encarar neste momento. Passei por trabalhos acadêmicos, muitos sites e páginas de especialistas ou com referências ao assunto, alguns resumos de livros e citações. O resultado foi saber que há muito sobre tecnologia da informação e nada sobre a que eu desejo receber ou ter acesso; a informação comum, cotidiano, aquilo que alguns estão acostumados a chamar de notícias. Não encontrei a definição, mas, percebi também que está fácil diferenciar o que eu procurava do que tem disponível e em excesso: a opinião.
Já é possível encontrar em algumas opiniões, um tom de disputa para desqualificar quem opina, alegando “uma epidemia de opiniões”. Achei muito interessante o fato que onde li e ouvi essa expressão, invariavelmente a pessoa citava: “agora estamos vivendo uma epidemia de opiniões”. Minha percepção é bem mais simples, ao ler ou ouvir a frase citada, estou recebendo uma opinião apresentada por uma pessoa opinando sobre o excesso de “opinadores”. (A frase anterior contém ironia).
Buscar por informações pode ser um desafio. O entretenimento gerado com as opiniões, certamente rende mais dinheiro do que a exposição de informações. Sim, estou opinando. Faço igual ato ao afirmar que estou com dificuldade em acessar informações, por uma questão de física, a falta de espaço. Coitada da informação, com tanta opinião, entrará em risco de extinção? Será uma tolice deixar que mais um significado seja trocado, mais um entendimento popular equivocado, onde sem perceber o erro, pessoas comecem a considerar opiniões como informações. Excesso de uma ocupará o espaço do outra. Supervalorizando as tolices que descaradamente e sufocantes ocupam tudo que é publicado com alcance popular, a informação corre risco de entrar em extinção.
